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quarta-feira, 27 de agosto de 2008
PATRONADO
ok voltei de Teófilo Otoni, patrono de 13 jornalistas bem intencionados - dispostos a enfrentar a fera e agarrá-la, com unhas e dentes - e tensionados pelo presente, que como diz Slavoj Zizek, no caderno Mais! da Folha de São Paulo de domingo passado, presente em que "não existe realidade objetiva: nossa realidade consiste em múltiplas históris que nos contamos sobre nós mesmos". Porreta o Zizek, acertou na mosca ao comentar este episódio histórico que envolve imperialists da Rússia pós-soviética e EUA, na disputa pelo heróico Estado moderno da Geórgia.
Pena que o Zizek não estava naquela mesa de colação de grau de 13 jornalistas e dezenas de cientistas da informação, que ganharam, de nobres senhores, seus canudos e o direito de estar na história de seu tempo.
Um leve incômodo pairou na mesa na fala da paraninfa dos jornalistas (Mônica Moreira - teofilotonense da gema, que coordenou o curso de jornalismo da Unipac de Teófilo Otoni, com garra e muito humor). O que ela disse é bastante óbvio, mas é aí que mora o perigo, como dizia Darcy Ribeiro. Mônica lembrou de pequenas coisas, que nos esperam na lida pela vida, entre tantas guerras higiênicas, étnicas, do bem contra o mal, em prol das riquezas petrolíferas e tal, a corrupção, a construção do caráter, a família e "os políticos mulherengos".
Bah! o representante do deputado Bonifácio Andrada, também jornalista, comentou "a boca pequena" com seu vizinho de mesa, diretor da Unipac TO, Márcio Schubert, algo que soou como um grunhido... que eu, particularmente, traduzi como "inconveniência do discurso".
Mas qual discurso convém? a quem? a qual negócio ou instituição? Perguntas que nós, jornalistas, escritores, historiadores, enfim, narradores de nossa época, nos defrontamos no dia-a-dia. Perguntas que geram perguntas a nossas mentes inquietas, nestes textos sem tempo para revisão, nos dead lines da comunicação pós-moderna, instantânea, cabeada em redes virtuais e ... Puff! fugáz.
Na ida, de Belo Horizonte a Teófilo Otoni, cerca de oito horas de janela mostraram um Brasil pintado de verde e azul, sofrendo com os casebres, a terra seca pela falta de chuva, os bois meditativos sob árvore solitária no pasto. Na volta as mesmas horas de janelas, encurtadas pelo sono, silêncio do ronco do motor na rolagem do ônibus pela estrada e escuridão do "lá de fora" onde bois, passarim, gente e mato se cobriam de noite.
No meu peito, de romântico em extinção, revolucionário que acredita na vitória final do povo pela cultura e civilização, os amores que ficaram sorrindo em minha memória naquela cidade, quase na Bahia, criada por alemães, iranianos, libaneses e outras etnias que, colonizadore, exterminaram seus ancestrais "botucudos", índios brasileiros valente, antropófagos, que justificam o gosto e a peculiaridade saborosa da carne de sol, tão farta naquela região, acompanhada de uma cachaça "da boa".
Trouxe comigo o primeiro jornal daqueles jornalistas que fazem a diferença na cidade: "O Arauto dos Vales", publicado em 05 de agosto de 2oo8. Quero comentar no próximo POSTE.
pARa encerrar esta conversa comigo mesmo digo que a placa de aço, contendo o texto e a honra de ser PATRONO destes jovens guerreiros, servirá ao meu neto Felipe, ao mostrá-la a seus netos e contar a história do tempo em que seu avô foi HERÓI DO SERTÃO, sob as bênçãos de São Glauber e Padre Eustáquio.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
JORNALISTAS DE TEÓFILO OTONI
JORNALISTAS NO SERTÃO.
É um sentimento de felicidade e gratidão voltar a Teófilo Otoni, cidade do nordeste mineiro, localizada no vale do Mucuri. Na ocasião, como convidado a ser patrono da primeira turma de Jornalistas da Unipac, curso que coordenei em 2006.
A foto de construção do campus, disponível no portal da Unipac-TO , acessada neste poste, mostra a fase de construção do empreendimento, registro de um sonho, compartilhado por jovens estudantes, professores, diretores e funcionári os do campus de Teófilo Otoni, construído sobre um manancial de água, no centro da cidade hospitaleira. O prédio virou ponto turístico nos finais de semana.
Vivi o primeiro ano de implantação desta fábrica de ensino (usina de conhecimento) cujo foco do negócio está voltado para as demandas do mercado laboral globalizado, e para o desenvolvimento cultural da região.
Disposição, suor e dedicação não fataram aos funcionários, estudantes e professores envolvidos na fase inicial deste empreendimento, que tem a chancelaria do Deputado Federal, Magnífico Reitor da Unipac, Bonifácio Andrade.
Um projeto que pensa a educação e o marketing como processos de gestão do conhecimento.
É neste cenário que os primeiros Jornalistas surgem e chegam com um novo jornal: "O Arauto", gestado no sentimento de luta e liberdade dos jovens discentes de Comunicação Social, Jornalismo. O curso talvez não continue, afinal no sertão jornalista e radialista ainda são nomeados pelo circuito empresarial, político e clerical; para se ter uma idéia, essa brilhante cidade do Mucuri, banhada pelo rio Todos os Santos, que se esvai na poluição, pode até receber a medalha de ouro olímpico em processos do sindicato dos jornaslistas de BH: 15 processos (veja no portal "Jornalistas de Minas", disponivel em: . Acessado às 23:24 de 20/08/08).
Amanhã cedo embarco para Teófilo Otoni, com saudade dos jovens amigos, com esperança nos jovens jornalistas, certo de que a juventude é a eternidade pensada, vivida, sonhada e representada no presente. Levo na bagagem a certeza de que ser Jornalista é escrever, ler e registrar as imagens de nosso tempo; como disse João do Rio:
"O literato do futuro é o homem que vê, que sente,
que sabe porque aprendeu a saber, cuja fantasia é
um desdobramento moral da verdade, misto de impossibilidade e sensibilidade, eco de alegria, da ironia,
da curiosidade, da dor do públio - o repórter".
(MEDINA, Cremilda. Notícia Um Produto à Venda - Jornalismo na sociedade urbana e industrial. Editora Alfa-Omega: São Paulo. 1978, pg.63).
Vamos lá que já é hora: eu, minha caneta e meu bloquinho de notas. Anoemeio depois volto a TO no pensamento do Paulo Barreto (Cinema tógra pho, Porto, Chardron, 1909) citado pela jornalista Cremilda Medina(1978:62): "Eu nunca tive a nostalgia hereditária que acha o tempo passado bom tempo. Para mim, hoje é sempre melhor do que ontem e pior do que amanhã".
Avante jovens colegas Jornalistas, há muito o que contar sobre o Vale do Mu curi.
E, quanto aos cursos de Jornalismos, penso como os gaúchos: vai depender da sociedade.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Vamos lá leitor blogueiro oculto visite o delicado espaço virtual de uma artista da comunicação humana em: O nome dela é Ana Paula. O tamanho e o talento para comunicar o visível e o invisível dão várias braçadas em torno de nossa querida casa Terra. Ana, prá lá e prá cá, anA.
Ela conhece o segredo invisível da luz oculta do "mundo sem luz", e brilha, segue a brilhar, Sampa merece esta pequena grande estrela, que brilha, não para si, como as estrelas globais, mas para os olhos que vêem e sentem.
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