Criar uma home page há alguns anos era um bicho de sete cabeças. Agora deixa de ser bicho, mas continua a exigir as cabeças pensantes. As tecnologias não pensam por nós (ainda?) e ,com ela, os meios de comunicação eletrônicos se espalham em espaços virtuais pela internet, em todo o globo terrestre e, por que não, em outras esferas celestes.
Como circula o capital financeiro neste novo patamar, suporte, da cultura das mídias é o enigma a se desvendar na prática, em que tentativa e erro ainda são métodos usuais, embora muitos marketeiros tenham suas fórmulas prontas e com garantia de eficiência "a preços módicos". Mas quem decide clicar no site é o público, os cibernautas, e site parado no tempo é como livro empoeirado em estantes de bibliotecas esquecidas.
Esta investigação é um desafio a pesquisadores, marketeiros, comunicadores, webdesigneres, cientistas sociais, políticos e cibernéticos, além dos artistas, é óbvio, pois esses, mais do que ninguém, sempre representaram os seres humanos em suas sociedades, em redes virtuais neste século 21.
Podemos falar em duas gerações distintas: a que nasceu antes e a de depois da internet, chamados "internet nativos". Para os pimpolhos cibernautas, em seus poucos meses fora do ventre materno, a realidade se apresenta em botões e luzes coloridas, sons e imagens que os espantam no emaranhado das teias e telas da internet; para eles, uma "brincadeira", para os mais velhos e conservadores, o perigo do desconhecido.
A evolução tecnológica da humanidade sofreu um processo de aceleração nunca dantes visto. Décadas mudaram o rumo de nações e sistemas geracionais de produção, educação e cultura.
Numa classificação simplória, objetiva, os países globalizados e suas economias políticas se dividem em "inforricos" e "infopobres" Os dados se comprovam nas estatísticas de institutos internacionais de pesquisa sobre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), ou de Qualidade de Vida.
Nas escolas, a exclusão digital não se atenua com o uso de celulares modernos e computadores portáteis de última geração. O que vale é o que fazemos com a tecnologia de que dispomos e, principalmente, a que pragmática ela se orienta, pois, bem sabemos, o que caracteriza o ser humano como tal, diferenciando-o dos demais animais, é o amor, a solidariedade, a vida societária. Assim, o trabalho em redes sociais é a marca deste século 21.
Convido a tod@s a visitarem o site do cineasta Mário Maria Fernandes Gomes, um homem solitário e persistente em sua arte, e que hoje vive num porão, sem luz solar, abrigo para seus sonhos, e proteção contra as intempéries do tempo. Entre cenários, painéis ilustrados com registros fotográficos, registros recolhidos nos seus 80 anos de esperança e fé, na contra-mão do individualismo burguês neoliberal destes tempos. que exige a cada um que "faça o seu pé de meia" antes de envelhecer.
Com a colaboração e incentivo de seu fiel escudeiro, o Canned, e d@s amig@s que conquista em suas caminhadas incessantes, Mário encontra o espaço para divulgar sua arte das imagens em movimento, do circo com seus personagens inspirados no caipira (Jeca Tatu). Acostumado com as bitolas 8, 16 e 35 mm do cinema e as fitas do vídeo, VHS, Betacam, etc, Mário segue nesta plataforma virtual, sem medo, ao lado de seu fiel escudeiro, embarca em viagens que partem do planeta Terra e pela internet entrecruzam informação e comunicação sem perigo de confronto, acidente, descarrilhamento de máquinas e vagões, pois nesta rede (www) não há espaço para o poder senão o da criação, que nós ainda não conseguimos multiplicar em nosso planeta Terra, voltados que estamos para o progresso imediato, material, consumista, deixando de lado o velho, a criança, homens e mulheres em situações de indigência, de pobreza material.
Com a sociedade em redes pela internet, este cenário está a mudar; indivíduos passam a criar suas narrativas, a serem sujeitos de sua própria história, constroem suas home pages, inserem suas idéias e escolhas em seus blogs e micro blogs ou espaços de relacionamento virtual.
Este grito corre os cantos do mundo e o circo está montado nas estrelas: o espetáculo não pode parar.
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