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sábado, 3 de novembro de 2012

QUAL O FUTURO DOS NOSSOS ÍNDIOS?

NONADA



Triste história de nossas gentes. Covardia e esquecimento. Imagens da infâmia de um país que esquece seus antepassados.

http://www.prms.mpf.gov.br/servicos/sala-de-imprensa/noticias/2011/09/puelito-kue-feridos


Fonte: Portal do Ministério Público Federal - Procudaria da República em Mato Grosso do Sul. Título: Puelito Kue - Feridos, última modificação em 08/09/2011.

Pyelito Kue - Feridos

Dia 23 de agosto de 2011:

- Eram oito horas da noite quando pistoleiros armados invadiram o acampamento dos índios guarani-Kaiowá, disparando projéteis de arma de fogo contra o grupo, incendiando suas barracas, destruindo  suas provisões de alimentos, espalhando terror e medo no grupo indígena. As principais vitimas foram velhos e crianças, indivíduos indefesos, que não conseguiram fugir ao ataque feroz dos bandidos contratados para expulsar os índios de suas terras, reclamadas pela fazenda Cambará, em Iguatemi, sul de Mato Grosso do Sul.

marco veron
imagem disponível em:

A destruição do acampamento está nas imagens abaixo; detalhes de cartuchos utilizados contra tumulto, recolhidos em Pyelito Kue, mostram a presença de milícias organizadas, neste ato de violência, visto como um genocídio:

http://www.prms.mpf.gov.br/servicos/sala-de-imprensa/noticias/2011/09/puelite-kue-acampamento

A descrição da cena de covardia contra os índios guaranis-Kaiowá é oferecida por um dos líderes do grupo:

"Estávamos rezando, de repente chegaram dois caminhões cheios de homens, chegaram atirando, ordenaram parar queimar barracas e roupas e amarrar todos índios. Saímos correndo, em direção diferente. A 300 metros do local vimos as barracas queimando e muito choro. Faroletes e lanternas estão focando pra lá e cá, as crianças e idosos não conseguiram correr. Os meus olhos enlagrimando (sic) escrevi este fato. Quase não temos mais chance de sobreviver neste Brasil”



Números publicados no portal do Ministério Público Federal oferecem uma radiografia do abandono de nossos ancestrais índios, que entregam suas vidas ao destino sombrio da morte:

"dados do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a cada seis dias, um jovem guarani e kaiowá se suicida. Nos últimos 32 anos, foram 1500 mortes. Essas informações são reforçadas pelo Mapa da Violência do Brasil, publicado em 2011 pelo IBGE. Segundo o documento, acontecem 34 vezes mais suicídios indígenas em Mato Grosso do Sul que a média nacional. Desde 2000, foram 555 suicídios, 98% deles por enforcamento, 70% cometidos por homens. A maioria deles na faixa dos 15 aos 29 anos.

A taxa de mortalidade infantil entre a etnia guarani e kaiowá é de 38 para cada mil nascidos vivos, enquanto a média nacional é de 25 mortes por mil nascimentos. Já a taxa de assassinatos - cem por cem mil habitantes – é quatro vezes maior que a média nacional. A média mundial é de 8,8."



Assim como os fatos, os números não mentem. A presença numérica das manifestações nas redes sociais reverteram o quadro de desânimo dos Kaiowás com a decisão do MPF: O Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo, suspendeu operação de retirada dos índios guarani-kaiowá do acampamento Pyelito Kue, atendendo a pedido da Fundação Nacional do Índio, após intensa mobilização de cidadãos na internet. O Ministério Público Federal tinha feito o mesmo pedido e foi contemplado pela decisão de hoje. Disponível em: <http://www.prms.mpf.gov.br/servicos/sala-de-imprensa/noticias/2012/10/mpf-comemora-decisao-que-mantem-indios-em-terra-guarani-kaiowa-no-ms>. Acessado em 03 de novembro de 2012.

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