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quinta-feira, 27 de novembro de 2008
SANTA CATARINA, ORAI POR NÓS POBRES PASTORES E PECADORES.
O Brasil do povo chora, reza e se benze num espanto só ante tragédias frequentes e imprevisíveis pelos serviços metereológicos, encenado pelas "garotas do tempo", galantes e sorridentes, imparciais nos jornais nacionais da televisão. O outro Brasil, que não é povo, a elite, se penitencia e pede perdão pelos pecados que cometeu e que não cometeu; a cena se repete para glória do capital que reconstrói prédios, casas e pavimentações públicas danificadas nas tragédias urbanas.
De culpados já foi dito de vários: o aquecimento da Terra, lixo nas ruas, asfalto, urbanização caótica, e por aí vai; o mais correto seria assumirmos nossa civilização decadente. Ora bolas ! somos todos responsáveis se assistimos passivos a destruição de florestas, matas ciliares, que deixam nuas as encostas e aflitas as populaçoes ribeirinhas. Somos responsáveis ao admitir a ambição desenfreada do capital finaceiro internacional a promover queimadas, desmatamentos e ocupações ilegais da Amazônia, Acre, Rondônia e de outros rincões do território brasileiro.
Catarina, Aparecida, santas das águas profundas, mitos legendas, orai por nós, enquanto troar nossa impávida emoção digital perante desastres iminentes; desconexos da responsabilidades de nossas ações, determinantes à pela sobrevivência da vida da Terra, assombroso presente que deixaremos às nossas futuras gerações.
A última tragédia vem do Sul. Ave Catarina, Santa, orai por nós!
A Defesa Civil computa 97 óbitos no litoral catarinense: Ilhota, Brusque, Gaspar, Blumenau, Jaragua do Sul, Pomerode, Bom Jardim da Serra, Luis Alves, Rancho Queimado, Benedito Novo,Rodeio, Itajaí, São Pedro de Alcântara e Florianópolis - vamos reconhecê-las no mapa de São Google, que a tudo vê:
http://maps.google.com/maps/ms?ie=UTF8&hl=en&msa=0&msid=113088242546194726426.00045c8448066674a6b57&ll=-26.828973,-48.913879&spn=1.05389,1.153564&z=9&source=embed
Pena que o olhar digital, via satélite espacial, do onisciente são Google, ainda não possa mostrar, cá embaixo, a miséria humana do pobre, os mais sacrificados nas tragédias naturais e providenciais. Nestes instantes, todos ficam cheios de compaixão pois, como disse o sociólogo Emile Durkhein, a solidariedade é um ato dos seres em extinção.
Nestas ocasiões, como nas guerras, entram em ação os sistemas humanitários do Corpo de militares Bombeiros e da Defesa Civil; deveriam agir na prevenção, mas a falta de planejamento, avaliação científica dos problemas que antecedem catástrofes e compromisso dos dirigentes políticos não atinge a GOVERNANÇA pública, anunciada pela internet; o socorro chega no limiar da precipitação catastrófica, na maioria das vezes, depois: falta inteligência, daí nossa indigência política.
Informações confiáveis estão no site da Defesa Civil de Santa Catarina, disponível em:
http://www.defesacivil.sc.gov.br/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1 Acessado em: 26/11/08.
Blogueiros catarinenses alertam: depósitos bancários para ajuda às vítimas devem ter confirmados seus dados de acordo com lista fornecida pela Defesa Civil; cuidado com os oportunistas que aproveitam-se de tragédias alheias.
Através de portais noticiosos e blogs, internautas se informam e divulgam a tenebrosa cena:"Hoje pela manhã, quando saí de casa para trabalhar, o cenário era de um filme de terror e o pior é que a chuva ainda não parou", relata Sonia Santos, moradora de Blumenau, que sugere: "Vale a pena pensar um pouquinho. São muitas mortes, muitos desabrigados, fora as pessoas que estão soterradas," no blog do Jean Cardoso, participante ativo
Jornalistas perguntam: Quem é o responsável ?
As respostas se ocultam entre publicidades e games, num vendaval de informações desconexas e convergentes à postura única das agências oficiais - temos uma certeza: Deus está fora de qualquer suspeita, pois não é conivente com a burrice dos humanos. A natureza é sábia, bastava observá-la com carinho e atenção para assimilar seus conhecimentos empíricos - será que os políticcos lembram das enchentes passadas, que geraram sofrimento e perdas ao povo catarinense nas duas últimas décadas do século 20?.
Presidente Lula sobrevoa o Itajaí-Açú
Foto/ Matéria - Último Segundo - Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2008/11/26/lula_sobrevoa_regioes_atingidas_pelas_chuvas_em_santa_catarina_2612845.html Acessado em 26/11/2008.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobrevoa, na tarde desta quarta-feira o rio Itajaí-Açu, que atravessa as regiões mais afetadas pelas chuvas em Santa Catarina. Imagem: Último Segundo - iG
De volta a Brasília, Lula deve assinar uma Medida Provisória no valor de R$ 1,6 bilhão para ajudar os Estados atingidos pelas chuvas, segundo o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach em matéria do iG.
... e as outras tragédias, Presidente, quanto vão custar ao erário?
RELEVO, ALTITUDE, CATACLISMO, ASFALTO E FALTA DE INTELIGÊNCIA;
A CIÊNCIA OPINA.
Para a ciência, fatores climáticos favoreceram o evento: "As fortes chuvas que afetaram o Estado de Santa Catarina foram geradas pelo encontro de duas massas de ar: uma fria vinda do oceano e outra quente formada no continente. Ventos intensos soprando do mar aumentaram a umidade das nuvens, que já estavam carregadas. Um sistema de baixa pressão já causava mau tempo e intensificou as chuvas. Informa o lead do Último Segundo do portal iG, disponivel em: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2008/11/25/coincidencia_de_fatores_gerou_chuvas_em_santa_catarina__2610077.html
acessado em: 20:52 25/11/2008.
O periódico digital do iG, escutou a professora de climatologia da Universidade de São Paulo (USP), Maria Elisa Siqueira da Silva. Para ela, o sistema causador das chuvas sobre o Atlântico Sul estacionou sobre a região provocando a "convergência das precipitações" de água no Estado.
Recorto aqui o depoimento da professora Elisa, que ajuda a "pensar um pouquinho", como sugere a internauta catarinense.
Elisa busca na geografia a base de suas observações: “O relevo de maior altitude provoca a ascensão do ar, carregando a umidade para as nuvens”. Lembra que as regiões de encosta são “naturalmente desprivilegiadas com chuva forte”; o solo encharca e tende a ceder. Sutil, dá um puxão de orelha na governança pública: “As pessoas e os órgãos de planejamento dão pouca importância para as pessoas que estão nas encostas, não há planejamentos para a ocupação dessas áreas”. O relevo é fator preponderante na ocorrência desse tipo de tragédia, como mostra a professora: “A região de vale é mais propensa aos alagamentos se não houver um plano de escoamento de água. Nas cidades localizadas nessas regiões, é interessante que a sociedade, os políticos, se organizem para melhorar o planejamento sobre escoamento das águas”. É sabido e notório que o asfaltamento das ruas nas cidades impede a penetração da água nos solo e favorece as enchentes. Elisa acredita que o relevo não é o único vilão desta tragédia: nos próximos dias, cientistas da do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) da USP vão realizar estudos e avaliações nos solos do Estado, principalmente no Vale do Itajaí, informa o portal iG (Último Segundo de ontem, 25/11/2008).
As informações entram por nossos poros oriundas dos nós da comunicação presentes nas redes (fotolog, blog, flickr, orkut, my space etc), encorpada pelos grandes portais como yahoo, ig, uol, hotmail, google, e pelas redes de televisão, jornais e rádios, que compõe o conglomerado econômico das empresas de comunicação de massa.
Tudo que comunica. Grita. "Eu só quero ser escutado" já disse McLuhan - SOCORRO!!!
ninguém vê o pedido solitário, o oculto da fotografia, a lágrima que não caiu.
Veja a tragédia a cores e em tempo real, entre publicidades e apelos tecnológicos e depois consuma. É como o efeito das telenovelas, falisidade divertida.
Barrigas Verdes, catarinenses, gente bonita de Floripa, estou com voces na reconstrução, que espero ser diferente das anteriores que só tiravam o barro, enterravam os mortos e pagavam moradias novas sem resolver o velho problema da revolta das águas.
E daí, se não houver suíte, jargão jornalístico que significa dar continuidade a um assunto, amanhã tudo fica esquecido; a atenção do público se volta para manchetes sensacionais, espetaculares que fazem do "circo humano" o palco da sociedade midiológica, assitida pelos usuários passivos, que choram, riem e pedem desculpa pelos mesmos pecados desde os tempos de Adão e Eva. É como se dar esmola ao mendigo fôsse o mesmo que lavar as chagas do leproso.
Visitem blogs que contam a tragédia de Santa Catarina de diversos pontos que passam pelo viés noticioso, fraternal, cristão e até mesmo valorativo do poder que os blogs têm nas situações de emergência e desastres, que aproxima pessoas distantes, e dá visibilidade a anônimos internautas que com suas câmeras registraram fatos que o Brasil viu nos Jornais Nacionais da TV.
PapodeHomem:
http://papodehomem.com.br/enchentes-santa-catarina-convocacao-da-tropa/
Curiosando:
http://www.curiosando.com.br/11/2008/apoio-as-vitimas-das-enchentes-em-santa-catarina/
o biscoito fino e a massa
http://www.idelberavelar.com/archives/2008/11/doacoes_a_santa_catarina.php
inominatus
http://www.inominattus.com/?p=598
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
ANONASMENTE
CHERIMOYA - Nome científico: Annona cherimola Lill.
O nome da fruta é que nem o nome da gente; tem a cor e o paladar pessoal, universal. Esta, em especial, é do povo americano, tropical; pertence a uma família que tem mais de 50 espécies.
Daqui só podemos imaginar, com a falta do paladar, do tato, do cheiro e do olhar, só resta visitar o site oficial deste ser magnifíco catalogado, datado, carimbado para voar no mundo da informação e do conhecimento. Tá aqui ó: http://www.plantamed.com.br/plantaservas/generos/Annona. junto com um montão de outras plantinhas amigas. Detalhe se guardar a semente para plantar não deixe ela ir na boca ou na geladeira; não gora.
The genus Annona comprises more than 50 species of trees and shrubs; native to tropical America.
Agora entendo as viagens da meninice, embalado pelo vento, sobre os galhos da velha árvore de ANONA (anoneira?); tudo verdade ficcional no encontro com os Incas VENUSIANOS, os Maias TERRÁQUIOS, a macaca do Tarzã, o olhar esperto do Rim Tim Tim e a tristeza da cadela Laika, que viu a Lua de perto antes de sucumbir na guerra fria. Naquelas sessões de cinema do inconsciente não tinha pipoca, era Anona madura disputada com os sanhaços famintos, que sempre se fartavam da autêntica e sensual Cheri, que transladou minha meninice para o tempo do sem fim.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
MINAS DAS MATAS GERAIS - JF
Manchester Mineira, terra de Nava, Murilo Mendes, Mamão, Gabeira e Ana Carolina, Santo Antônio do Paraibuna, chora a morte do rio, que reage e ruge nos temporais; o trem atravessa a cidade com dezenas de vagões de pedra: gente, só o maquinista.
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quarta-feira, 19 de novembro de 2008
CRISE - ROBSON CRUZOÉ
Não é a toa que a palavra crise tem duplo significado na lingua dos chinos: oportunidade e criatividade estão presentes no significado dessa palavra.
Mas aqui, no ocidente, é diferente e haja Obamas e Lulas para nos fazer crer que esse momento é passageiro e que está tudo azul na América do Sul.
Será que o G20 emplaca como marca de cachaça da boa? O que será que será?
Com a violência dando as caras em nossas esquinas e os indivíduos se classificando entre depressivos, toxicômanos e panicados (nada a ver com os panificadores e sim com o pânico social)nos consultórios psiquiátricos e psicanalíticos, não podemos esperar muito mais do G20 que não mais uma revolução darwiniana - os mais aptos, fortes, jovens, inteligentes e bem preparados sobrevivem, os demais vivem como podem.
E nós o que podemos fazer? Nonadas.
ANONADAS: anonadas
Juiz de Fora fica aqui: recorte e navegue no mapa do google disponível no site:
http://maps.google.com.br/maps?q=Juiz+de+Fora&ie=UTF-8&oe=utf-8&rls=org.mozilla:pt-BR:official&client=firefox-a&um=1&sa=X&oi=geocode_result&resnum=1&ct=title
ANONADAS: anonadas
Juiz de Fora é uma paisagem na parede, um lampejo na memória da janela desta cidade de Belo Horizonte, que de belo tem o nome e muitos vazios: faltam a serra, a paz nas ruas, a prosa nos cafés da praça sete e tantas outras mineirices, nem tão nostálgicas que esquecidas pela cidade nova, do Bel'vedere, dos condomínios policiados, da segurança de shopping centers. Sobra o Mercado Central e seu cheiro, e as rosas da Raul Soares ao pé do Jota Ka.
Longe de mares e montanhas seguimos, navegantes, tropeiros, entre nodos e lances de conexões axiais; solidários em grupos de discussão, comunidades virtuais, my space, orkut, msn, blogs, fotologs, googlemanias e cidades invisíveis, habitadas por avatares amáveis e afáveis, amantes soturnos de casamentos irreais.
Cadê o rio do peixe, o peixe do rio? O fogo secou? o gato comeu?.
O trem, agora é metrÔ.
O viaduto Santa Tereza e os butecos de poetas, malandros sambistas e filósofos da liberdade, também estão nas paredes em fotos e memória desbotada.
Em tempos de marketing político, social, cultural e econômico, com suas leis de incentivo e malversação do bem público (vide valeriodutos), fica óbivio e besta andar impunemente, "à tôa na vida", por essas praças e ruas sem nome, com suas lucernas de neon e postes simétricos de concreto e árvores tortas, quase mortas, amarradas por cabos de aço.
A cidade de verdade está lá no Google maps, com um balãozinho em cima. Os seus moradores foram abduzidos para o Second Life. Alí são avatares que matam, morrem, amam, compram e vendem - de "mentirinha"; e pensar que a infância, cartilha de pedófilo para manchete da mídia-espetáculo ainda tem o rosto do anjo!
Anonadas.
Fruta farta e saborosa, que guarda sabor de nove frutas em si.
Quem souber de uma muda dessa rara esperança mande um emeiu, preciso recuperar aquele cheiro de maçã de suas flores na primavera.
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